"E as palavras não me pertencem mas também não pertencem a ninguém. Escrever só serve para perder os sentidos.
(...)
Dá-me o teu nome. Deixa-me guardá-lo durante um bocado.
(....)
De coração leve, sem avisar.
Quantas vezes, ao certo, cheguei eu a perder-te, para as mesmas vezas, vezes dez, enlouquecer de tanto te chamar? Tu dirás.
(...)
Não acontece nada enquanto estamos felizes. Só estamos felizes porque houve alguma coisa que já nos aconteceu. O que nos vale é a lembrança duma vida de martírio ininterrupto. E de infinito prazer.
Muitas vezes confundem-se, não é?
Depende de quem está a contar o quê."
(Miguel Esteves Cardoso)