30.3.10

Too much is not even enough...








In amore troppo è ancora poco.

Beaumarchais




28.3.10

Évasion



She's running away of what she deeply wants.

Because that's the best solution sometimes.

Parfois, nous avions besoin d'être seul.


Just try knocking on heaven's door.

And you'll see.

So, don't worry about a thing.


Cause every little thing is going to be alright.

Around the Sun


All at once,
The world can overwhelm me
There's almost nothin' that you could tell me
That could ease my mind

Which way will you run
When it's always all around you
And the feelin' lost and found you again
A feelin' that we have no control
Around the sun
Some say
There's gonna be the new hell
Some say
It's still too early to tell
Some say
It really ain't no myth at all

Keep askin' ourselves are we really
Strong enough
There's so many things that we got
Too proud of

Theres a world we've never seen
Theres still hope between the dreams
The weight of it all
Could blow away with a breeze
If your waiting on the wind
Don't forget to breathe
Cause as the darkness gets deeper
We'll be sinkin as we reach for love
At least somethin we could hold
But I'll reach to you from where time just cant go

What about is gone
And it really wont be so long
Sometimes it feels like a heart is no place to be singin' from at all



Two souls with one thought. Two hearts that beat as one.

27.3.10



"A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido"
Marxwell Maltz

Divergências


Uma vez Camilo Castelo Branco disse,

"A Civilização é a razão da Igualdade".
Será que é o que realmente se consta na nossa sociedade capitalizada e corrupta, onde cada vez mais se afere a exclusão social das minorias étnicas e do proletariado? Será isto igualdade? Sim, para aqueles cujo o grande interesse será auferir mais e mais dinheiro para adquirir um novo Mercedes, ou uma nova casa no Nordeste Brasileiro. Infelizmente sim, esta é a nossa Civilização.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."

Luís de Camões

O Amor na ponta dos pés

Hoje estava eu relaxando numa esplanada ao pé da praia, quando li este artigo deveras interessante para nós - mulheres (e não só) - da escritora Cidália Dias:

«Os homens são mais egoístas do que as mulheres, não são? Esta pergunta é certeira para atrair clientela: eles furiosos a acharem que estou novamente amarga e elas contentes por haver quem dê voz ao que sentem. Vocês poder-me-ão contar as vossas experiências, mas há um dado que não falha: as mulheres são quase sempre cuidadoras, mesmo que a carreira lhes tenha subido à cabeça, mesmo que não lhes interesse ter familia ou filhos. Elas cuidam, e há quem queira ser cuidado, mesmo que não faça nada por merecer isso...
Há duas imagens recorrentes no meu quotidiano, homens que mastigam em silêncio à mesa (saciando o apetite, como se essa necessidade primária fosse a razão da sua existência) e taxistas mudos (desculpem-me os verdadeiros) que vêem uma mulher a entrar no carro (às vezes carregadas de compras e crianças) e nem uma "boa tarde" oferecem aos passageiros. Se eu andasse com uma pá das obras na carteira dava-lhes com ela na cabeça. Estes homens assustam-me: não vejo diferença entre os antepassados da caverna e estes - cuja úncia diferença parece capilar...

O silêncio dos homens nem sequer é inquietante. É só aborrecido. É um silêncio que denuncia desinteresse, preguiça, fastio (mesmo que engulam a dobrada em cinco minutos). Dir-me-ão vocês: "Mas eles não foram educados de outra maneira!" Pois é verdade, mas os dias sucedem-se para questionarmos a vida e tudo o que ainda não aprendemos. Não terão as mulheres culpa do egoísmo dos homens?! Se Deus existisse (permitam-me duvidar da sua existência), pedia-lhe paz no mundo e mais homens heterosexuais (desculpem-me os gays, mas as minhas amigas precisam de companheiros). Sim, bastava haver mais homens para as mulheres sossegarem. Mesmo que depois elas não os quisessem, e provavelmente era isso que aconteceria...

Esta ideia generalizada de que há poucos homens disponíveis tornou-se a maior angústia das mulheres. Elas vivem aterrorizadas a pensar se os poucos que ainda "sobram" vão reparar nelas. E portanto disponibilizam-se para sofrer. Oferecem o seu corpo e a sua devoção aos trogloditas do planeta. Pensam que pelo menos assim têm qualquer coisa, mesmo que seja tudo uma consumição. Aceitam comprar-lhes as meias e as cuecas, os impressos do IRS, o lanche para o trabalho, os preservativos para a noite (duvidando se só os usarão com elas...). Já os homens, coitados, pressionados pelas quadras festivas (e hediondas!) do Dia dos Namorados, do aniversário (que os telemóveis já fazem o favor de lembrar) ou do Natal, acabam num ataque de nervos a telefonar da loja - quando tudo indicava que seria uma surpresa, a dizer coisas como: "É pá, estou aqui em frente a uns sapatos, mas eu sei lá que número tu calças!" Às vezes já passaram dez anos e ele ainda não fixou o número que ela calça, enquanto que as últimas 397 jornadas da bola estão na ponta da língua... Sabem o que acontece? Ela olha para as colegas, enternecida, e diz: "Que querido, foi comprar-me uma prenda." E então apressa-se a ir comprar o marisco que ele gosta, o filme que ele grunhiu querer ver, o vinho branco que ele disse ter bebido com os colegas.

Será que os homens têm algum problema de memória? Será que a mancha do egoísmo que os cobre ensombra quase tudo?

Abusando de Deus, também lhe pediria - já agora - para acabar com o futebol. Vocês já pensaram no tempo que se perde com os jogos,as lesões, as contratações e as guerras nos túneis, mais a pancadaria nas estações de serviço? Privem os homens de bola, obriguem-nos a pensar com a cabeça em vez de sentirem com os pés. No fundo, eles têm com a bola a mesma relação que têm com os homens: uma obsessão desigual. Eles idolatram os craques da bola que ganham com um arroto aquilo que eles nunca ganharão na vida toda. Já elas precisam de viver a vida inteira para ganhar uns minutos da atenção deles.»