28.5.12

Sem título #2

Desde que cheguei ao meu refúgio, o meu músculo miocárdico tem andado num reboliço desorganizado, aleatório e indefinido.
E está a chegar a altura em que ele tem que começar a decidir por que caminho optar.
E não está a ser nada nada nada fácil.

E isto destroi-me os neurónios com pensamentos e divagações infrutíferas que me roubam horas preciosas de estudo.

Enfin.




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26.5.12

High and dry.


Resumo semanal:

Benção das Fitas abençoada. Com as pessoas que mais amo ao meu lado. Só senti uma imensa falta do meu irmão. E da I.
Fitas sinceras e surpreendemente cativantes.
Monumental e deprimente Serenata.
Cortejo de loucos.
Pais babados.
Cartolas desfeitas. Bengaladas nos dedos. Galos na cabeça.
Noites a fio a dançar como se não houvesse amanhã. Mesmo com umas dores musculares descomunais e uma constipação que não me arreda o pé.
Chegar a casa de dia.
Dormir na praia.
Conversas sem fim.
Reflexões. Risos. Choros. Abraços apertados.
Convivios na varanda com Santa Luzia a olhar por nós.
Acampamento cigano no meio do campo da Agonia.

E começo a acreditar que os desejos se realizam. As coisas mais inesperadas acontecem  nos momentos, locais e situações mais improváveis, quando nem sequer esperámos por elas. Basta olhar para trás.
E assim esses momentos se eternizam e se tornam mais interessantes.
Vou começar a cruzar mais vezes os dedos quando vir um avião a passar nos céus. Dá resultado.

Queima mais fantástica de todo o sempre.
Viana tem mais encanto na hora da despedida.
Viana é amor.
Quem gosta vem. Quem ama fica.


***

19.5.12

Última Queima?

le petit français


Que venha ela. Estou mais que preparada.
Oh yeah.  ♥


*

18.5.12

:heart:


Esta gente não tem ideia de como me faz feliz com tão pouco.

Hoje recebi um Postcard de São Petersburgo - Rússia, do meu querido JJ.
Como já disse, as verdadeiras amizades nunca terão fronteiras. :')



**

17.5.12

Today's state of mind #20




Este Domingo é a minha missa de Finalistas.
Esta semana, os poucos segundos que tenho para respirar, servem para escrever fitas.
Ando num misto de sentimentos, que nem eu compreendo. Alegria, ansiedade, tristeza. Receio. Dúvida. Muita reflexão. E alegria outra vez. Porque este ano está a ser maravilhoso. :)

É muito estranho saber que estou a acabar o curso. Foi rápido demais.
Só agora é que me estou verdadeiramente a consciencializar de tal facto.

(Não quero que Domingo chegue. Mas depois de Domingo. F*ck yeah. Vou aproveitar esta QUEIMA como nunca! This will be legendaaaaary. ^^)

Tempo para respirar. Método. Organização.





Precisa-se.





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11.5.12

Vou só ali dar um saltinho à Invicta,



e por a conversa em dia com o Sr. Aoki.

Inté*


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E porque amanhã é o Dia Internacional do Enfermeiro. ♥


Daqui

6.5.12

Dia da Mãe*

from here


Conheci o João uma hora antes de o meu avião partir de Helsínquia para Portugal.
É um Exmo. Sr. Enfermeiro. Estudou no Porto. Trabalha na Finlândia há cerca de três anos.
Também esteve de Erasmus em Savonlinna.
E é uma mente absurdamente brilhante.

Para além de exercer Enfermagem, nas 'horas vagas' é Poeta.
Talvez seja esta a faceta que o verdadeiramente define.
Já editou três livros de Poesia. Participou na elaboração de outros tantos.
E mais outros virão.

E hoje, publicou este poema, de uma beleza magistralmente inquietante,
que realmente define aquele que é o papel e o amor incondicional de uma Mãe.


"Mãe

Ela não foi feita à medida deste tempo e o seu olhar nunca perdeu
A fragilidade infantil da inocência do século passado.
Não consigo imaginar o esforço de cada passo dado, muitas vezes
Comigo às costas e eu a pensar que caminhava sozinho.
Como eu gostava que as suas verdades fossem as minhas
E as suas certezas fossem ainda respostas suficientes ao meu negro
Ponto de interrogação sobre o papel branco que me deu e fui sujando com o tempo.
Se me lembrasse, sei que as maiores saudades seriam do tempo em que éramos um,
Do tempo em que a sua temperatura me abraçava constantemente
E o seu coração me embalava a vida, antes dos olhos abertos,
Da luz, do vento e do desejo de regressar.
Nunca lhe perguntei que sonhos lhe comi para estar aqui,
Nunca lhe pedi desculpa por ter encontrado uma voz própria,
Afiada, metálica, longe da que ela me queria oferecer.
Tenho medo por ela, neste mundo que ainda vê com os mesmos olhos
Que um dia foram também os meus."

João Bosco da Silva,

Bater Palmas E Sete Palmos De Terra Nos Olhos


E no fim disto tudo,
Feliz dia da Mamã para todas as Mães do Mundo.

5.5.12

E hoje a Lua está tão bonita *.*



(Só é pena ter tirado as fotos apenas com o meu telemóvel.)

4.5.12

Das pessoas que fazem o nosso dia ♥



Ontem à noite:
Quinta-feira académica.
Iniciado Antibiótico.
Ou seja, passei a noitinha toda a Água Luso. A aturar bêbados na festa da mangueira. For god sake.

Ajudou-me a ficar aborrecida e irritada.
Chego a casa às 06h da manhã. Cansadíssima. Mal pouso a cabeça na almofada, adormeço numa questão de segundos.
Acordo antes do despertador tocar. Como qualquer coisa, faço a mala, e apanho um autocarro cheio de miúdos do secundário aos berros. E lá fora a chover.
Já estou a ficar velha para isto.

E então, a minha mãe liga-me a dizer que tinha acabado de receber um postal da Heidi.
E nesse momento, toda aquela nuvem cinzenta em cima da minha cabeça se desvaneceu.

Quando chego a casa, a primeira coisa que faço é ir a correr ao meu quarto para o poder ler.
Rever a letra dela. Ter nas minhas mãos um pouco da minha Finlândia.
Que saudades.

E neste momento abateu-se de novo aquele vazio inexplicável. Como se constantemente me faltasse algo. Ou alguém.
Faltam-me eles. Falta-me Savonlinna. Falta-me a Finlândia. Falta-me o Mundo. Falta-me a liberdade.

Mas ao mesmo tempo estou extremamente feliz. Que antagonicismo de sentimentos na minha cabeça.

As verdadeiras amizades nunca terão fronteiras.
E nunca mais é Agosto para as poder ter aqui comigo, bem ao meu lado, para corrermos Portugal de norte a sul. ♥♥♥


 *

Oh Primavera, por onde andas tu.


 
E um bocadinho de sol, não?
Sempre pensei que quando chegasse da Finlàndia, iria encontrar o marvilhoso sol português à minha espera.
Realidade: já passou mais de um mês, e isto tem sido um constante dilúvio.
Humpf.
Inevitavelmente,
isto tem afetado o meu "Today's state of mind".
Esta semana tenho andado meia perdida dentro dos meus pensamentos. E meia doente.
O que prefaz um total de: aborrecimento + cansaço.
Por isso, vá lá solinho bom, faz um favor a esta gente e aparece um bocadinho, sim?
Ficaria muito agradecida.


*

 

25.4.12

Sem título.

As pessoas mudam.
Umas crescem. Outras regridem. Outras deixam-se ir na onda padronizada.

Começar a não me importar com assuntos supérfluos que até então me afligiam e ocupavam um espaço precioso nos meus pensamentos, é uma delas.
E assim tem sido. Neste momento, considero-me uma pessoa afortunadamente feliz.
Sempre senti que este ano iria ser especialmente diferente. Começou bem. Tive os três melhores meses da minha vida num país diferente. Conheci pessoas magníficas. Culturas interessantes. Países diferentes. E isso enriquece uma pessoa. Muda a forma como vemos o Mundo e as pessoas à nossa volta. E, chegada a Portugal há cerca de quatro semanas, ainda mantenho o mesmo estado de espírito.

And in this way it shall continue. *



.
                                                                                                                                                                                                                                                                           

11.4.12

Das pequenas coisas que sentia falta no meu pequeno Portugal:





Do sol.
Da luz.
Das flores.
Do cheiro a Primavera.

♥♥

7.4.12

♥♥ ERASMUS ♥♥

Casino's Islands - Savonlinna



Chegada a Portugal há cinco dias.

A nossa despedida no Domingo tranformou-se num dia tristemente mágico. Com um toque antagónico de felicidade. Como a minha querida tutora classificou, de "too-happy-to-say-goodbye" day.
De manhã, eu e a H. decidimos despedirmo-nos da nossa bela ilha, e passeámos pelos bosques que rodeavam a nossa casa. Apreciámos pela última vez a beleza das paisagens gélidas, que neste mês de Abril que se caracterizam pelo início do degelo, o que proporciona aos nossos olhos um toque de beleza enigmática. Apreciámos em silêncio todos os sons e a beleza que a natureza nos proporciona. E reflectimos. Sobre todas as experiências, todos os bons e maus momentos, pelas magníficas pessoas que conhecemos, pelos locais fantásticos que visitámos.
Fico extremamente contente quando penso que tivemos tantas experiências positivas, e que criámos amizades tão fortes em tão curto espaço de tempo. E fico especialmente orgulhosa da minha capacidade de adaptação a este país tão díspar. Assim como com o desenvolvimento da minha competência línguística. Da minha independência e autonomia.
Cresci. Sinto-me mais capaz, sem medo das peripécias que o futuro me reserva.

Nesse mesmo dia, a nossa família Erasmus mais próxima reuniu-se no nosso habitual meeting point, Happytime Bar.
Foi uma tarde serena, divertida. Todos juntos, cerca de trinta pessoas à volta numa mesa redonda. Conversámos. Rimos. Jogámos bilhar. Brincámos. Reflectimos. Deprimimos.

Dava por mim, por vezes, a apreciar de longe aquela mesa imensa, enquanto ouvia de fundo a música "See you soon" dos Coldplay. E no meu peito dançava uma mistura antagónica de pura e tranquila felicidade, assim como de um vazio capaz de me tirar o fôlego.

A nossa despedida de Savonlinna foi memorável. Sorrisos e lágrimas. Recebi flores. Chocolates. Dedicatórias. Post-cards. Abraços muito apertados. E uma promessa de nos juntarmos de novo, no próximo Verão.

A nossa querida família Espanhola (JJ & C.), e a nossa grande amiga H. foram-se despedir de nós, antes de entrarmos no autocarro que nos levaria ao Aeroporto de Helsínquia. Esta foi, de longe, uma das mais difíceis despedidas que tive de enfrentar até agora.
Aquele tipo de despedida que apenas havia visto nos Cinemas. Com muitas lágrimas, falta de palavras, abraços, beijos e promessas. E um vazio enorme no peito, quando os víamos a ficar mais e mais para trás, enquanto o autocarro abandonava a nossa bela Savonlinna.

Agora que me encontro na nossa "Eterna Praia Lusitana", rematadas as saudades da minha família e melhores amigos, da praia e das minhas duas amadas cidades, continuo por vezes a sentir este vazio inexplicável que me aflige e me tira o ar. Se pudesse, voltava de novo para aquela cidade, após a Páscoa. Para aquelas paisagens mágicas e únicas. Para a nossa família Erasmus. Para reencontrar as grandes amizades que lá criei. E claro, para a elevada autonomia e independência que lá experienciei durante os practical trainings, na nossa amada profissão de Enfermagem.

Contudo, tenho de encarar esta como uma inesquecível e extraordináriamente positiva etapa no meu percurso formativo.
Da forma como me enriqueci enquanto pessoa e futura profissional de Enfermagem.
E que em breve, os irei reencontrar de novo. Muito em breve, I hope.

Assim sendo, fechou-se uma página nesta caminhada de Erasmus. Mas abriu-se uma maior: A percepção de que o Mundo é uma porta aberta, se realmente estivermos dispostos a  investir em nós, na nossa formação e profissão. Se nos comprometermos a manter a nossa mente permeável, e nunca termos medo do desconhecido. Porque a busca pelo desconhecido dota-nos de capacidades extraordinárias que até então desconhecíamos que as possuíamos, assim como  nos proporciona uma visão agridoce em todos os momentos e experiências que vivemos, tornando as nossas vidas mais interessantes. Mais intensas. Mais ricas. Mais únicas.
Por isso, na minha opinião, realizar um período de estudos fora do país de origem deveria ser 'obrigatório' - se tal fosse económicamente possível, e o Governo suportasse melhor os alunos que querem fazer parte este programa - pois iria ajudar a "abrir muitas mentalidades limitadas" neste nosso país. E quem sabe se o nosso Portugal depois não evoluiría, com todas as boas experiências e ideias que trazemos na nossa bagagem pós-Erasmus?

"The real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes." (Marcel Proust)

E esta é a mensagem que deixo, após estes três magníficos meses.

Kiitos kaikesta, rakas Suomi.
Nähdään pian!



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