29.4.10
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).
Álvaro de Campos
28.4.10
25.4.10
Que vazio é este
que preenche a nossa pobre alma?
Percorro caminhos inatingíveis sem rumo definido, numa corrida sem meta final, supondo alcançar algo que talvez nunca existiu.
Porque é que as coisas mais bonitas da vida foram feitas para serem as mais difíceis de atingir?
Todos nós corremos atrás de algo. O Ser Humano nasceu para nunca se sentir satisfeito.
We all want to be happy.
We all want to be loved. In the true sense of the word LOVE.
Everyone wants to be spoiled with the good things of life. Allways and in all ways.
Don't you?
18.4.10
12.4.10
6.4.10
"Já não tenho alma. Dei-a à luz e ao ruído,
Só sinto um vácuo imenso onde alma tive...
Sou qualquer coisa de exterior apenas,
Consciente apenas de já nada ser...
Pertenço à estúrdia e à crápula da noite
Sou só delas, encontro-me disperso
Por cada grito bêbedo, por cada
Tom da luz no amplo bojo das botelhas.
Participo da névoa luminosa
Da orgia e da mentira do prazer.
E uma febre e um vácuo que há em mim
Confessa-me já morto... Palpo, em torno
Da minha alma, os fragmentos do meu ser
Com o hábito imortal de perscrutar-me."
Só sinto um vácuo imenso onde alma tive...
Sou qualquer coisa de exterior apenas,
Consciente apenas de já nada ser...
Pertenço à estúrdia e à crápula da noite
Sou só delas, encontro-me disperso
Por cada grito bêbedo, por cada
Tom da luz no amplo bojo das botelhas.
Participo da névoa luminosa
Da orgia e da mentira do prazer.
E uma febre e um vácuo que há em mim
Confessa-me já morto... Palpo, em torno
Da minha alma, os fragmentos do meu ser
Com o hábito imortal de perscrutar-me."
3.4.10
And if
Estava eu no Cabo do Carvoeiro, quando me deparei com uma enorme e perigosa escarpa. E pensei, "God, qualquer um que se chegue mais perto, ainda acaba por se matar."
Quando olhei à minha volta, toda a falésia estava repleta de cruzes.
Sim, de pessoas que haviam falecido lá.
E nestas alturas, acabamos por pensar... Qual é o real valor da Vida? Será que valeu a pena? Será que ainda valerá a pena? O que se passaria na cabeça dessas pessoas nesse momento? Profundo desespero? Loucura? Será a morte a solução de todos os problemas?
Não para uns. Sim para outros. Who knows?
And, when we're in the end of the line, we realize that it only takes a small step forward. Or just a simple step behind. E tudo fica decidido.
Only God knows.
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