Ontem à noite:
Quinta-feira académica.
Iniciado Antibiótico.
Ou seja, passei a noitinha toda a Água Luso. A aturar bêbados na festa da mangueira. For god sake.
Ajudou-me a ficar aborrecida e irritada.
Chego a casa às 06h da manhã. Cansadíssima. Mal pouso a cabeça na almofada, adormeço numa questão de segundos.
Acordo antes do despertador tocar. Como qualquer coisa, faço a mala, e apanho um autocarro cheio de miúdos do secundário aos berros. E lá fora a chover.
Já estou a ficar velha para isto.
E então, a minha mãe liga-me a dizer que tinha acabado de receber um postal da Heidi.
E nesse momento, toda aquela nuvem cinzenta em cima da minha cabeça se desvaneceu.
Quando chego a casa, a primeira coisa que faço é ir a correr ao meu quarto para o poder ler.
Rever a letra dela. Ter nas minhas mãos um pouco da minha Finlândia.
Que saudades.
E neste momento abateu-se de novo aquele vazio inexplicável. Como se constantemente me faltasse algo. Ou alguém.
Faltam-me eles. Falta-me Savonlinna. Falta-me a Finlândia. Falta-me o Mundo. Falta-me a liberdade.
Mas ao mesmo tempo estou extremamente feliz. Que antagonicismo de sentimentos na minha cabeça.
As verdadeiras amizades nunca terão fronteiras.
E nunca mais é Agosto para as poder ter aqui comigo, bem ao meu lado, para corrermos Portugal de norte a sul. ♥♥♥
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